Interesse político? Em São Vicente do Seridó paralisação nacional é usada por sindicato para atingir administração local?

Unknown | 13:31 | 0 comentários

Uma nota publicada pelo SINPUC, entidade sindical que representa os funcionários públicos em algumas cidades da região, vem ganhando um ar polêmico e contraditório.

A nota que se refere a paralisação convocada em nível nacional pela CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação, está sendo usada como se fosse um evento local e inclusive está sendo noticiado como tal.

"...a prefeita pode evitar a paralisação se atender as exigências dos trabalhadores antes do dia 15. “Estamos abertos ao diálogo”, informou Sebastião Santos, secretário do SINPUC.

Alguns questionamentos são levantados:

1. O SINPUC, está aderindo a uma paralisação nacional e atribui a possibilidade de cancelar a a paralisação após negociação com a prefeita de São Vicente do Seridó-PB?

2. Porque a "comissão formada para a negociação", é composta por integrantes do bloco oposicionista, inclusive com a participação de pessoas ligadas diretamente com a disputa local?

3. Segundo já noticiado pela imprensa regional, "É de se estranhar o comportamento do Sinpuc em São Vicente do Seridó". Olhem esta matéria de novembro de 2015.

É de se estranhar o comportamento do Sinpuc em São Vicente do Seridó


Diante de uma suposta utilização da entidade sindical, para beneficiar o bloco de oposição ao atual governo, o tema vem sendo um dos mais comentados no município, inclusive pelo fato de que, mesmo com a crise, os salários estão em dia e há um nítido respeito da gestão com os funcionários públicos.

"Em anos eleitoral, haverá de acontecer coisas que será de vaca desconhecer bezerro", disse um leitor ao saovicentedoserido.com.br

















Veja as reivindicações:

Os servidores reivindicam o pagamento do reajuste de 11,70% sobre o salário mínimo nacional, que passou de R$ 788,00 em 2015 para R$ 880,00 em 2016; adequação de 11,36% no salário dos profissionais do magistério público da educação básica para que o piso passe de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64.

Em São Vicente do Seridó os servidores não têm data certa de pagamento e recebem os salários de forma fragmentada.

No caso dos professores, a categoria exige também o cumprimento de um terço da jornada de trabalho fora da sala de aula, conforme determina a Lei 11.738/2008.

Já os Agentes de Comunitários de Saúde (ACS’s) e os Agentes de Combate às Endemias (ACE’s) exigem a prestação de contas da Assistência Financeira Complementar (AFC) realizada pelo Ministério da Saúde (MS) e a complementação dos seus salários com base nesses recursos.

A AFC é regulada pela Portaria 1.024/2015 e define a forma de repasse dos recursos da União para o cumprimento do piso salarial profissional nacional dos ACS’s e do incentivo financeiro para fortalecimento de políticas relacionadas ao trabalho dos agentes.

A Portaria 1.243/2015, alterada pela Portaria 2.031/2015 regula a AFC para os ACE’s e tem texto semelhante ao da portaria que trata dos ACS’s.

Por último, os trabalhadores das secretarias de Saúde e Infraestrutura, além de outros que precisam de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para o cumprimento de seus deveres, exigem a distribuição dos kit’s pela prefeitura.

Os kit’s EPI’s fazem parte da Política Nacional de Saúde e Segurança do Trabalhador (PNSST) e as prefeituras são obrigadas distribuí-los com os servidores que se enquadram na exigência.

Comissão de negociação

Depois de aprovada a paralisação, a assembleia nomeou uma comissão para negociar com os gestores do município. 

Foram eleitos os servidores João Paulo dos Santos Souto, Aída Patrícia de Souza, Alaecio de Souza Lopes e Maria Euvídia Costa. A comissão de negociação será integrada ainda pelos dirigentes Sebastião José dos Santos, Roselita da Silva Silveira e Edilândia Ferreira de Lima.

A comissão informou que a prefeita pode evitar a paralisação se atender as exigências dos trabalhadores antes do dia 15. “Estamos abertos ao diálogo”, informou Sebastião Santos.

O dirigente disse também que será enviado um comunicado à prefeita, Graciete Dantas, notificando a administração sobre as deliberações da assembleia.

No dia 15, às 07h30, os trabalhadores se concentrarão num café da manhã. No dia seguinte haverá uma mobilização e um ato público na cidade.
Da redação com informações 
Foto: Ilustrativa da Internet   


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